terça-feira, 8 de maio de 2012

Maldição


 
Sonhos, falsas sombras passageiras,
Tecemos fios, os labirintos por onde se perdem
e se enroscam os amantes.
Nos sonhos, as dores do dia transparecem
Os perigos das viagens de amor.
Assim, a noite aumentam as delícias.
Dos que tem motivos de delícias.

E a dor das feridas dói mais
Na carne dos que sofrem.
Pobre de você, Encolpo
Enredado no amor por Giton
E no ciúme da loucura de Ascilto.

Nós te cobraremos caro o sentimento.
Não vai poder mais amar!
O amor em excesso vai murchar tua paixão.
E nós com isso? Nunca nos faltarão homens,
Nem nos interessa o teu apaixonado coração!

Satyricon Delírio - Maldição de Afrodite
(Edson Bueno)
 
Dois meses sem registros. Dois longos meses de trabalho e muita satisfação na vida. Tanta coisa turbulenta, tanto TAN DAM TUM TUM TUM, e tudo muito bem resolvido em mim. E o que acontece agora? Mais uma vez ficou grande demais. Foi tanto tempo pulsando em vida que dentro de mim as águas eram mansas. Agora tenho um turbilhão fora, e outro maior ainda dentro. Motivo? Nenhuma novidade. Entendi que nesse momento tenho dois possíveis caminhos. E em nenhum deles cabe o que estava tentando enfiar. A grande novidade é a nova solução para o mesmo problema. Existe uma ameaça concreta. A ameaça trás a tona o que realmente importa. E nada mudou. Queria era saber onde enfia o ser tão amado enquanto temos o que temos. Mais uma vez, provavelmente estive mais perto nessas semanas do que seu grande foco. Mesmo respeitando feriados, que nunca foram dias meus. Opa, dessa vez ganhei o sábado!!! A frequência por aqui cresce a medida que cresce a ausência do lado de lá. Devia saber que eventos sociais obrigam a reforçar a presença, afinal é preciso uma mijadinha pra garantir território. Bom seria se garantisse. Nessa minha paranóia delirante eu só digo que realmente, mas muito de verdade, 'eu prefero ser chamada de corna do que de burra'. E tenho plena consciência de que o outro lado não é nada bom. Talvez tão dolorido e instável quanto esse meu lugar. Hora de entender o que deviria ter sido entendido faz tempo. Algo que 'não é, nunca foi, nem nunca será'.