quinta-feira, 14 de março de 2013

Fernando Pessoa

"Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha."

Essas palavras na minha boca.

domingo, 10 de março de 2013

sexta-feira, 8 de março de 2013

Salva, salve.

É bem fácil entender o quanto a vida é generosa. Tantas lindezas que pulam loucas na minha frente. E que só bem louca eu não acharia lindo. Louca ruim. Tenho sido louca boa. Devagar. Acho que me enxergo, agora. Um estado puro. Simples. Vivo. Eu vivo. Agora. Assim, nada fácil. Assim, sempre bonito. É sempre bonito, mesmo. Faz parte do meu show, meu amor. Essa sou eu. Que ama, protesta. Que brilha, explode. Que espera, contempla. Aquela que pula e vibra. Aquela que viaja no infinito. Esqueço, talvez. Aprendo, talvez. Repito, talvez. Bem livre. Amo livre. Meu infinito não cabe em mim. Se sou esse show, talvez. Mas meu show é bem particular. Sou só eu, salva. E que ama, infinito.





domingo, 3 de março de 2013

Desventuras em série

Cansada de ser assim quem eu sou desse jeito torto. Cansada da imaturidade. Cansada desse desatino da madrugada, da língua ferina. Ah minhas conclusões precipitadas. Vinte e oito anos fazendo isso Anita? Que preguiça de mim, mimada.

Deus nos proteja.

Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver
Bom mesmo é ter sexto sentido
Sair distraído espalhar bem-querer