domingo, 31 de julho de 2011

Quando o amor vira ódio

"Acabou-se o que era doce,
quem comeu, regalou-se."


Tem gente que faz o mal jurando que é pelo bem. Bem de quem? De si mesmo, só pode. Venha a nós, ao vosso reino, nada. Bom, deixei de ser um problema. Agora é só uma louca pra manter longe, não é? Ou pra dividir a cama, fica a gosto do freguês. Tá ficando fácil acreditar que uma hora passa. Não esqueço as palavras ruins que me foram ditas. As boas também não. Mas as ruins superam as boas, disparado. Acontecimentos da última semana me fizeram pensar. Nada aconteceu comigo, minha vida segue leve e sem grandes dramas. Mas situações com pessoas amigas, vivendo e respirando da mesma história. As intrusas somos nós. E quem foi invadido sempre vai espalhar por aí qualquer coisa que prove por A+B que tudo tudo que vive é real e lindo demais. E que tudo que o invasor vive é apenas ilusão. Só as invasoras sabem o que foi real ou não. Não importa o que os outros enxergam, importa o que é verdade no meu coração. É tão lindo dedicar a lua ao ser amado, mas não esqueça que a lua existe você estando perto ou não. E que essa lua, tão linda e tão lembrada, é vista e admirada pelo seu amor com outro amor. Dependendo da posição, dá até pra ver da janela. Botando um milhão de minhocas na cabeça, sem vontade de me relacionar de novo. E não é nem por trauma. É preguiça mesmo. Só de pensar quantas vezes ao longo desses anos estive em casa a sonhar com o ser amado, depois de um boa noite e uma declaração de amor, enquanto a diversão a dois corria solta nas minhas costas. Vivendo o outro lado, ficou ainda mais claro o quanto isso sempre foi possível. Fica tranquila com um telefonema? Sorte sua, eu não fico mais. Não importa hora do dia, não importa dia da semana. Ou talvez até ficasse tranquila, sabendo quem é a bola da vez e até permitindo essa situação. Tudo pelo bem da relação, concretizando os planos, tá valendo! O lance é não ficar sozinha, não é? Aí, se escolhe pelo lado mais seguro. O lado que não surta, o lado que não cobra, o lado que fecha os olhos e nada vê, graças a deus! Duas semanas, duras. Não sei por que é tão difícil aceitar uma decisão que foi feita quatro ou cinco vezes em dez meses. É, dez meses. Ao menos venci a sina do um ano. Dessa vez, o sofrimento não dura um ano inteiro, ah não! Ops, contei seu segredo? Não faz mal, ela não liga mais. Ou liga, se faz tanta questão de mostrar o quanto a história é longa e como começou tão linda. Ou não se importa com minhas palavras, porque não passo da coitada abandonada, normal eu querer alfinetar, não é? Você estava enganada. Meus chifres jogam longe e ainda ferem. Mas é pro meu bem, dessa vez. Mexeu com meu brio, impossível ficar quieta muito tempo. Chega do papo de emanar amor pra receber amor. Nunca recebi esse amor de volta na mesma proporção, pra não macular o teu amorzinho imaculado. Não vai ser agora que vou me preocupar em mandar boas vibrações. Despejo meu ódio aqui, e não mando nada.


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