quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tanto faz.

Assim nunca vai ser bom pra mim, você não entende? Não dá pra ficar perto sem querer. Impossível existir no mesmo lugar sem sentir a energia pulsando. Ficar sem sentir o olhar, não dá. Não olhar, não deu. Não sorrir, não deu. Não permitir o toque, não deu. Ficar de boca fechada sem fazer piada, não deu. Não me perder no teu abraço, não deu. E assim, na rua. Perdeu os crepúsculos? O que mais me dói é saber que o contexto era favorável, e só por isso existimos. Gente, que vida é essa? Se fossem duas, estaria agora mimimi porque estavam. Sendo uma só, o mimimi é por não estarem, e passear por ali, sozinha, sorridente e dançante na minha frente. Atentando meus sentidos no bar da minha rua. Nessa atual situação nada me satisfaz. Nem presença nem ausência. Poxa, era você quem não deveria estar lá. Eu sou a vizinha do boteco. Aniversário do meu amor-amigo. Como não iria? Quis estar intocável. E a cataia me tira os sapatos. Hoje, o impulso. O sim. Depois o não. Se vier, que seja pro que der e vier, comigo. Ou não apareça. Nem amanhã, nem nunca. Te coloquei no lugar mais lindo da minha vida de hoje, meu amor é dito e cantado, explícito. Não posso fazer mais que isso. Essa dor no peito mata, e não quero morrer.


Nenhum comentário:

Postar um comentário